Polêmicas da humanidade: Deus existe?

Em primeiro lugar: sou ateia. Se você é um cristão ou religioso fervoroso, recomendo que não leia o que vou escrever a seguir. Não estou tentando convencer ninguém, nem pregar o ateísmo por aí. 

Ao contrário da minha conduta (de não pregar o que eu acredito - ou deixo de acreditar), constantemente as pessoas me falam sobre Deus e tentam me convencer que ele existe. Apesar de ser totalmente desnecessário, eu sempre escuto todos os argumentos da pessoa. E entre os argumentos (ou seria o único argumento?) está: "Porque, qual seria o sentido da vida se não existisse um Deus?". E não podemos esquecer daquele "E quando uma pessoa que tinha tudo pra morrer (por um acidente grave ou uma doença rara) sobrevive. Qual a explicação, senão um milagre de Deus?".

Nesses dois argumentos eu baseio minha principal ideia: 

Deus foi inventado pelo homem para que sua vida tivesse sentido e para explicar coisas inexplicáveis.


Houve uma época na história da humanidade em que paramos de gastar tanta energia buscando alimentos, e sobrou energia para outras coisas importantes, como pensar. Imagine-se naquela época: tudo era desconhecido (a não ser aquelas coisas essenciais para a sobrevivência) e, de repente você começa a pensar e a perceber melhor as coisas ao seu redor (claro que não foi "de repente", só estou criando um ambiente mais fácil para imaginar). Então você vê a chuva caindo do céu e pensa: "Por que a água cai do céu?". Então vem um trovão, e você pensa: "De onde veio isso?". E a resposta deve ter sido: "Alguma coisa maior e mais poderosa do que nós, porque nós não conseguimos fazer isso". E, assim, Deus nasceu.

Nós somos, por natureza, animais muito curiosos. Gostamos de observar e tentar explicar as coisas, para que elas façam algum sentido. E quando nos falta a explicação, é mais fácil aceitar uma coisa totalmente abstrata do que ficar sem nenhuma explicação. Com o tempo, a Ciência vem desvendando alguns desses "mistérios divinos". Hoje sabemos por que a água cai do céu, e sabemos de onde vêm os trovões. Mas algumas coisas ainda permanecem sem explicação, como, por exemplo: Por que uma pessoa que tinha tudo pra morrer sobrevive? Eu diria que a resposta é "sorte", ou melhor, o acaso. Mas muitos preferem acreditar em milagres. Não os julgo por isso, porque sei da necessidade do ser humano em ter explicações para as coisas. 

E ainda tem o tal do sentido da vida... Por que estamos aqui, se não para cumprir uma missão de Deus? Bom, estamos aqui porque, por puro acaso e um pouco de sorte, um ser evoluiu formando o ser humano. E quando nossas mães e nossos pais tiveram relações sexuais nós, por puro acaso e um pouco de sorte, fomos mais rápidos ou mais resistentes e chegamos ao óvulo primeiro. Assim nós nascemos, vamos viver e morreremos um dia. E acabou. Era isso. Não precisa de explicação, nem ter um sentido. 

Por fim, respondendo à pergunta do título: Sim, Deus existe. Existe porque o homem o inventou para conseguir viver sua vida sem dúvidas e angústias, mas cheia de sentidos e explicações.

O prêmio "Desastre" de Iniciação Científica...

Todo mundo sabe que eu tenho um problema com prazos. Se não sabe: sim, eu tenho problemas com prazos. Esse ano (como era o último ano de IC) resolvi inscrever meu trabalho pro Prêmio Destaque de Iniciação Científica. Eu já havia ganhado esse mesmo prêmio em 2011, com um trabalho de Educação Ambiental. Mas dessa vez era diferente, porque eu me dediquei muito no meu trabalho com as Aegla. 

Mas... O que os prazos têm a ver com isso? 

Então... A inscrição era até as 17h do dia 16 de agosto. Eu deixei pra mostrar o artigo pro meu orientador no último dia. E quando fui imprimir deu milhares de erros. No fim das contas eu cheguei no Setor de Pesquisa às 17h15min. Mesmo com o setor fechado, dei um jeito de entregar meu pacote com as cópias do artigo.

Aí, no dia 23 de outubro, tinha a entrega do prêmio. Olhei a programação e vi o horário da entrega, pra eu sair do trabalho e chegar na URI a tempo. Por algum motivo desconhecido, eu olhei e pensei que era às 14h30min, mas era meia hora antes disso. Quando cheguei lá, vi meu orientador descendo do palco com o prêmio. Cheguei atrasada. Mas o pior não foi isso. A coordenadora do meu curso meio que gritou pro cara do protocolo que eu tinha chegado e ele falou "Ah, a Gabriele chegou? Então subam de volta ao palco pra fazer a fotografia!". Todos riram, porque foi bem engraçado, mas eu não sabia onde me enfiar. E não foi só isso! Quando chamaram todos os premiados pra fazer uma foto final, eu quase caí da escada do palco. Sou o fiasco em pessoa!


O grumpy cat na minha cara é porque eu estava completamente
 vermelha e suada pela corridinha que eu dei ao chegar na URI.



Era uma vez uma bolsista de Iniciação Científica

A última vez que eu escrevi no Só por Darwin eu estava desesperada fazendo o TCC. Então, desde o último post tive tempo de terminar o TCC, apresentar, terminar a graduação, me formar e ter uma leve depressão pós-formatura. Isso porque com a formatura vem o fim da bolsa de iniciação científica. Nos últimos 4 anos passei de "iniciante" a "pesquisadora" (ou quase isso). Amadureci muito como pessoa e descobri o que quero fazer pro resto da vida: PESQUISA. Claro que pra ter isso como profissão ainda tenho uns longos anos de mestrado e doutorado, mas... Enfim...

Já tenho saudades do tempo de IC, quando minha maior preocupação era se ia conseguir ler o artigo que seria discutido naquela semana... Agora tenho livros inteiros pra ler e não consigo achar tempo pra fazer isso. E quando tenho tempo estou com a cabeça e o corpo muito cansados por ter trabalhado o dia inteiro (morro de inveja de quem pode ficar em casa estudando pra seleção do mestrado). Quando eu era IC, eu podia trabalhar o dia inteiro pensando e escrevendo e ainda estudar a noite que eu não ficava cansada. Por mais legal que seja meu trabalho agora, é um trabalho que não exige muito da minha cabeça. Aí quando eu preciso pensar (pra terminar o meu artigo, por exemplo) parece que meu cérebro não funciona... Agora, por exemplo, só escrevi dois parágrafos e já estou cansada. 
Que coisa... Acho que vou terminar por aqui, então.